Wednesday, June 10, 2009

Braga: Teatro combate indiferença



O oposto do amor não é nenhum ódio, é a indiferença. O oposto de arte não é o feio, é a indiferença. O oposto de fé não é nenhuma heresia, é a indiferença. E o oposto da vida não é a morte, é a indiferença.

Estas palavras de Elie Wiesel  um judeu romeno e sobrevivente dos campos de concentração nazis, a que o Comité norueguês do Nobel da Paz chamou-o de "mensageiro para a humanidade”, aplicam-se perfeitamente ao Grupo de Teatro S. João Bosco.

 Este grupo é constituído por seminaristas, e está a encenar a peça «Paulo de Tarso». Esta exibição decorre no auditório do Seminário Nossa Senhora da Conceição, em Braga – hoje, amanhã e sábado pelas 21h30 e no Domingo pelas 15h30, com entrada livre.

«Paulo de Tarso» é uma obra dramática, composta por uma forte dinâmica musical e multimédia, e representa o primeiro trabalho inteiramente original e inédito deste Grupo de Teatro São João Bosco.

Conversão, discurso no Areópago, Paulo na prisão, encontro com Lídia e viagem para Roma são alguns dos momentos representados com a apresentação da peça intercalada por cerca de 20 músicas originais. 

Eis um projecto que — decorridos mais de 40 anos desde a fundação deste grupo de teatro e em pleno ano da comemoração bimilenar do nascimento de São Paulo — constitui um passo em frente na qualidade do trabalho desta equipa de jovens, sempre ao serviço da animação cultural.

Este trabalho cênico, para além da qualidade garantida por tantos anos de trabalho, mostra uma faceta linda do Grupo de Teatro São João Bosco.

A APPACDM —Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental — é a destinatária dos os donativos que o grupo receber deste espectáculo. 

Para cooperarem com a APPACDM, os espectadores podem adquirir a gravação da peça, por um preço simbólico de partilha fraterna e de amizade.

A solidariedade é o sentimento que melhor exprime o respeito pela dignidade humana e os elementos do Grupo de Teatro S. João Bosco cumprem à risca este preceito de Franz Kafka se os espectadores não forem indiferentes à partilha.

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