Monday, November 29, 2010

A greve geral, D. Jorge Ortiga e Protecção de Menores




A Greve geral, a intervenção de D. Jorge Ortiga e o afastamento de técnicas da Comissão de Protecção de Crianças e Menores,por força de um concurso nacional, foram os grandes temas de mais um programa Debaixo d'Arcada — no dia 25 de Novembro — que a rádio Antena Minho emite todas as quintas-feiras às 19 horas.

Nesta conversa participam os mais lídimos representantes da democracia, os presidentes de Junta.
São eles,

António Sousa, presidente da Junta de Freguesia da Sé, eleito pela CDU

Firmino Marques, presidente de S. Vitor, eleito pela Coligação PSD/CDS

João Nogueira, presidente de Gualtar, eleito pelo PS.

O programa é enriquecido com este blogue, onde os nossos leitores ouvintes podem participar, alimentando a interactividade com os nossos comentadores.

No blogue, além de outros assuntos sobre Braga, pode ouvir o programa, se não o pôde escutar à hora em que foi emitido.


http://w3.antena-minho.pt e ir a podcast onde estão os últimos programas.

Cabreira: a vida difícil em "Meias de Vidro"




A Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial e Industrial de Braga acolheu sábado à tarde a sessão de lançamento do primeiro romance de Avelino Barroso, ‘Meias de Vidro’, pré-publicado em fascículos no ‘Correio do Minho’.

Trata-se de um romance que desenvolve uma das histórias publicadas nos ‘Contos da vida rural’’, o segundo livro do autor depois de ‘As tílias também de abatem’, conjunto de crónicas publicadas em jornais de Braga.

Isabel Garcia, em nome da Editora Minerva, de Coimbra, que está a celebrar 25 anos, descreveu o livro como “sublime que se lê num fôlego”, e constitui um “repositório da cultura de uma época, com vivências impensáveis para os jovens de hoje”. A editora caracterizou Avelino Barroso como um “exemplo de sucesso, de força e de coragem, de quem nunca desiste de lutar” que oferece este livro “com todos os ingredientes necessários para ser um êxito”.

Amadeu Torres, professor jubilado, escritor e poeta, foi quem teve a tarefa de apresentar o autor porque — disse citando Jorge Amado — deve-se deixar ao leitor a “satisfação de descobrir o seu enredo”.

Aquele professor catedrático jubilado lembrou que Avelino Barroso “não nasceu num berço de algodão ou de ouro” mas tudo fez para vencer na vida com o “seu trabalho, muito trabalho e dedicação por um ideal”. Nesse sentido lembrou alguns grandes escritores que mal sabiam ler na juventude e nos legaram obras admiráveis, como Machado de Assis, Honoré de Balzac, Erico Veríssimo ou Cesário Verde.

Amadeu Torres traçou o perfil breve de algumas personagens marcantes de ‘Meias de vidro’, como o Gasparinho, que era le-vado da breca, ou o Morgado de Cima de Vila ou ainda o Carriço que pagou caro saber de mais, sendo afogado num poço, sem esquecer a Mariquinhas alcoviteira.



O poeta Castro Gil terminou a sua intervenção com um desafio aos leitores para saborearem este livro que nos fala sobre a vida difícil na aldeia de Rossas, nas encostas frias e agrestes da Serra da Cabreira, na primeira metade do século XX, palmilhadas dezenas de vezes através de carreiros ladeados de tojos de mato impossíveis para as mulheres usarem ‘Meias de vidro’.

Emídio Ribeiro: “ponta esquerda” do Sp. Braga



A Câmara Municipal de Terras de Bouro foi oportuna ao fazer coincidir a celebração do Dia do Município com a homenagem ao prof. Emídio Ribeiro, um geresiano nascido há cem anos, cuja vida e obra são perpetuadas em livro da autoria de Elísio de Carvalho apresentado na passada quarta-feira. Ficamos a saber um pouco mais da vida deste vulto que foi “ponta esquerda” do Sp. Braga na sua juventude e na infância do Arsenal do Minho (1928 e anos seguintes).

Trata-se de uma edição de luxo patrocinada pela Câmara Municipal terrabourense e pela Ordem dos Médicos em que, ao longo de 140 páginas, palavras e imagens evocam o percurso de um “missionário” da psiquiatria pública.

Se para o Município de Terras de Bouro este é um dever, Emídio Ribeiro constitui uma honra para esta terra, uma vez que “dedicou a sua vida a melhorar a vida dos outros” – como escreve Joaquim Cracel, na apresentação do livro intitulado “Recordando o professor Emídio Ribeiro”. Este professor universitário e medico é definido pelo actual presidente da Câmara Municipal como um “expoente da simplicidade, da determinação, da Justiça, da seriedade e de altruísmo”.

Joaquim Cracel pede aos leitores desse livro que “a vida e obra do homenageado nos sirvam de orientação e de referência".

O presidente do Conselho Regional da Ordem dos Médicos destaca as “elevadas qualidades intelectuais na vida académica e as invulgares qualidades no modo de dirigir e formar gerações de médicos”.

Emídio Ribeiro nasceu a 1 d Janeiro de 1910, no Geres (elevada a Vila em 1991), lugar da freguesia de Vilar da Veiga, Terras de Bouro, falecendo a 7 de Setembro de 1984.

Citando Miguel Torga, no sétimo volume do seu Diário, o autor da biografia de Emídio Ribeiro enquadra o seu nascimento nesses “certos lugares do mundo que são como certas existências humanas: tudo se conjuga para que nada falte ªa sua grandeza e perfeição”.

O Livro é pretexto também para falar um pouco das riquezas de Vilar da Veiga e da sua envolvência paisagística e humana, no passado e no presente, ilustradas com muitas e belas fotografias a cores e a preto-e-branco e testemunhos de coevos de Emídio Ribeiro.

A Juventude do medico que nasceu há cem anos foi vivida em Braga para freqüentar o Liceu Sá de Miranda e jogar futebol no Sporting de Braga, como “ponta esquerda”, que abandonou quando se matriculou na Universidade do Porto para se licenciar em Medicina até que em 1936 inicia a carreira de docente universitário e prepara a tese de doutoramento sobre “Lipemia e colesterinemia nas afecções hepatobiliares” concluída em Madrid, em 1944.

Apos uma carreira dedicada ao ensino universitário na área da neurologia — da qual dão testemunho inúmeros especialistas portugueses e espanhóis — um cancro gástrico após um AVC em 1977 precipita a sua morte.