Tuesday, September 8, 2009

A qualidade de Braga no Mosteiro


Braga vive esta quarta-feira um dia histórico na caminhada da preservação do seu patrimônio histórico depois de décadas negras vividas especialmente no século XIX e primeira metade do século XX.

O Mosteiro de S. Martinho de Tibães, classificado como imóvel de interesse público, reabriu profundamente recuperado, num esforço do Estado que travou a degradação a que foi submetido com esteve nas mãos de privados.

Mais uma vez coube ao Estado apagar os efeitos devastadores da propriedade privada. Eu sei que custa tanto a algumas pessoas ouvir isto, mas manda a verdade dizer que a antiga Casa Mãe da Congregação Beneditina portuguesa foi objecto de uma operação integrada de restauro, recuperação e reabilitação, no valor de cerca de 3 milhões de euros.

Se esta obra envaidece os cidadãos portugueses, mais deve orgulhar os bracarenses sabendo que grande parte da obra foi desenvolvida e executada por uma empresa bracarense de construção civil e obras públicas, entre Setembro de 2006 e Dezembro de 2008.

O trabalho desenvolvido pela empresas Casais também causa engulhos a cabeças muito bem pensadoras que se comprazem em denegrir os empresários bracarenses da construção civil.

Se é verdade que esta obra se reveste de um grande valor simbólico para esta empresa que tem uma forte ligação ao Mosteiro, também é certo que o trabalho que agora pode ser admirado por todos é um excelente cartão de visita para as empresas e os empresários de Braga.

De facto, a empresa Casais tem o seu nome derivado dos caseiros das terras da Ordem Beneditina que eram apelidados de ‘casales’ uma vez que Maria, tetra avó de José da Silva Fernandes, presidente do conselho de administração da empresa, foi caseira do Mosteiro.

Foi ressuscitado antigo claustro do refeitório (destruído por um grande incêndio no final do século XIX), o noviciado, o hospício e a parte da ala Sul onde se encontram a livraria, a cozinha e alguns espaços anexos.

A recuperação dos espaços permitem ampliar o circuito de visitas, instalar um centro de informação de ordens monásticas, com uma comunidade religiosa que vai gerir uma hospedaria e um restaurante.

Braga vive amanhã um dos seus dias esplendorosos, fazendo jus ao nome de capital do Barroco.

Ignorar isso é bacoquice.

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