Wednesday, May 20, 2009

S. Pedro de Merelim: crianças e jovens entusiasmam D. António Couto





O Bispo auxiliar de Braga, D. António Couto, não pôde esconder a alegria que lhe proporcionaram as várias canções entoadas pelas crianças e adolescentes da catequese de S. Pedro de Merelim, ao encerrar a visita pastoral a esta paróquia do arciprestado de Braga, no Sábado passado.

Depois de ter presidido à Assembleia paroquial no dia anterior, as forças vivas da actividade pastoral da paróquia demonstraram todo o seu vigor ontem ao fim da tarde numa jornada que culimnou com a celebração festiva da Eucaristia e a administração do Sacramento da Confirmação a vinte e dois jovens.

O padre António Luís Alves de Sousa — o "senhor Reitor" — que serve esta comunidade desde 1999, apesar do frio e chuva que martcaram a tarde de ontem, só pode estar satisfeito com o que viu e viveu. Momentos antes das cerimónias começarem, ele desabafava à nossa reportagem: "face ao que vejo não estou nada descontente com a participação e a vivência religiosa" da população de S. Pedro de Merelim.

Após a chegada, depois de cumprimentado pelo executivo da Junta de Freguesia que o aguardava no adro, D. António Couto foi recebido ao som da fanfarra dos Escuteiros de S. Pedro de Merelim, seguindo depois para o salão paroquial onde mais de cem crianças e catequistas o brindaram com perguntas e com belas canções que o deixaram visivelmente satisfeito, tendo-o manifestado de viva voz várias vezes, face à afinação e à curiosidade dos mais pequenitos.



Após uma entrega de lembranças por parte do secretário da Junta de Freguesia, Francisco Ferrete, entre elas uma monografia sobre a freguesia e um estandarte, o padre António Luís de Sousa explicou os objectivos da visita pastoral e traçou uma breve biografia de D. António Couto, dando o mote para as perguntas que satisfizeram a curiosidade das crianças interessadas em saber mais coisas sobre a vida e missão do Bispo Auxiliar de Braga.

Ao longo de mais de meia hora, o prelado respondeu às perguntas dos miúdos, enquadrados pelas catequistas, numa sessão animada pelas canções, acompanhadas à viola, entoadas por todos.

Estes momentos proporcionados a D. António Couto confirmaram o que ele dissera aos miúdos: "estou a surpreender.me e a ser surpreendido todos os dias". O prelado destacou a força da juventude na paróquia de S. Pedro de Merelim e pediu aos mais pequenos que "sejam a alegria do mundo dos adultos, dando um pouco da vossa alegria aos mais crescidos e aos idosos".

Depois seguiu-se a Eucaristia solene marcada pela administração do Sacramento do Crisma a vinte e dois jovens.
D. António Couto deparou ao longo destes dias com uma comunidade devidamente estruturada, a começar pela catequese que é feita com 170 crianças e adolescentes, seguindo o percurso dos dez catecismos e o plano de actividades traçado para a zona pastoral do Cávado.

A paróquia é servida por um grupo de quase trinta catequistas bem preparadas e disponíveis para acções de formação pedagógica, à medida das suas possibilidades. As sessões e catequese funcionam aos sábados.

Dentro da catequese e com os mais crescidos funciona um grupo coral para animar as Eucaristias. E por falar de música, existe outro grupo coral, constituído por cerca de trinta adultos, que ontem mostrou igualmente o seu valor durante a celebração solene da Eucaristia, acompanhado com um violino e órgão. Os dois grupos corais possuem organistas e existe uma boa colaboração entre ambos, o que é destacado pelo padre António Luís Alves de Sousa.

Para os jovens, a paróquia de S. Pedro de Merelim dispõe daquele que é o "agrupamento mais forte" do núcleo, com a participação de cem adolescentes e jovens,

O Agrupamento foi fundado a 25 de Novembro de 1958, pelo Padre José Alberto Martins Fonseca, pároco de então, tendo sido apoiado por um grupo de jovens, liderados pelo mesmo.

Mais Tarde surgiu o Sector feminino, com Rosa dos Anjos Ferreira, Maria da Conceição Peixoto Rodrigues, Maria de Fátima Azevedo e Aurora do Vale.

Desde a sua Fundação este sempre foi um agrupamento activo que, para além de actividades escutistas, participou também em enumeras actividades de Cultura e Diversão na freguesia.

Algumas dessas actividades extra escutismo são já uma verdadeira tradição, como o Arraial de Sto. António, o Carnaval, o Concurso dos Maios e o Presépio movimentado no Natal.



Quanto aos adultos, a paróquia dispõe de três confrarias em actividade, uma ligada à Capela de S. Brás, com o mesmo nome, cuja actividade mais visível é a festa em honra do seu santo patrono. As confrarias de S. Pedro e da Senhora do Rosário constituem outras duas estruturas de piedade dos fiéis, a que se junta a Associação do Sagrado Coração de Jesus.

No que se refere a festas, a comunidade anima-se especialmente em torno do dia do seu padroeiro, a 29 de Junho, bem como na romaria de S. Brás, nos primeiros dias de Fevereiro, bem como no Natal, com a festa do Menino e o presépio movimentado construído pelo Agrupamento de Escuteiros.

Com espaços suficientes para acolher todas as actividades pastorais, no salão e edifício da residência paroquial, onde "existem salas para tudo o que fazemos e para todos", como salas de catequese e sede para os escuteiros, o padre António Luís não está a pensar em grandes investimentos, sendo sua preocupação apenas o telhado da Igreja e uma pintura exterior do templo.
Quanto á actividade sócio-caritativa, S. Pedro de Merelim beneficia do facto de o "senhor Reitor" ser o assistente da Cáritas de Braga, para a qual encaminha os "poucos casos de necessidade ou pobreza que existem na paróquia".

A comunidade não é imune à crise económica que o país atravessa mas o padre António Luis destaca que "existe ainda nesta comunidade muita solidariedade entre as pessoas, para cuidar das crianças ou dos idosos". De facto, para além da profunda urbanização que a freguesia sofreu nos últimos trinta anos, Merelim, com os seus quase dois mil habitantes, continua a manter as qualidades da ruralidade, com uma forte identidade bairrista, bem visível na dinâmica das suas associações, a começar pelo seu clube de futebol, e um espírito de comunidade vigoroso de que as actividades que giram em torno da Igreja demonstram.

Por outro lado, a religiosidade popular dos seus antepassados está bem patente nos diversos nichos que encontramos ao longo dos caminhos da freguesia, entre os quais o nicho de Coudos, o de S. Bráz do Carmo, ou não tivesse sido uma terra do Couto de Tibães como comprovam alguns dos marcos ainda existentes. A via-sacra moderna construída ao longo do cemitério é outro dos momentos da afirmação da religiosidade dos merelinenses.

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