Wednesday, May 20, 2009

Arte Total… porque a dança toca todas as áreas do conhecimento



Com cerca de 760 alunos, no Mercado Cultural do Carandá e em outras escolas e infantários, a Arte Total assume-se cada vez mais como “a” estrutura bracarense especializada na formação artística e divulgação das artes do espectáculo.
Porque as crianças gostam de dançar, explica a direcora executiva e produtora Joana Domingues, a equipa da Arte Total está sempre disponível para se deslocar às escolas e infantários, a partir da sede, onde diariamente frequentam as aulas 245 alunos.

Cada vez mais os encarregados de educação, fruto do trabalho de 15 anos, assumem que a “dança toca todas as áreas do conhecimento e faz crescer as crianças de maneira mais saúdável, ao nível físico, criativo e cognitivo” — garante Joana Domingues, explicando, por exemplo, que a Matemática é dinamizada para ensinar movimentos de dança, acrescida dos ateliers de ciências e de artes.

Por outro lado, acrescenta Cristina Mendanha, directora artística e pedagógica, “faz crescer em hamornia porque toca em todas as áreas de forma equilibrada” de uma forma agradável porque “as crianças gostam de dançar”.
A capacidade de trabalhar que “lhes conseguimos incutir traduz-se nas outras áreas da escola e são sempre excelentes alunos”.

Joana Domingues sustenta que “a dança funciona como estímulo para o sucesso escolar e há muitos pais que colocam aqui as crianças precisamente por isso”.

Com protocolos celebrados com as Juntas de Freguesia e infantários, as formadoras da Arte Total levam as artes do espectáculo a mais de vinte estabelecimentos de ensino de Braga e outros concelhos, como Vila Verde e Póvoa de Lanhoso.
O corpo docente pluridisciplinar é constituído por quatro professores de dança criativa e clássica, mais um docente para cada uma das outras especialidades: dança contemporânea, Ioga, danças latinas, teatro.

Sabendo-se que a dança está muito ligada ao teatro, a Academia não esquece também as novas tecnologias e o apoio à formação.



Dos alunos da Arte Total, há uma pequena parte que chega a fazer da dança a sua actividade profissional e “já temos alguns alunos a trabalhar profissionalmente. É verdade que são poucos, porque é uma actividade muito exigente mas há outras áreas em que podem trabalhar profissionalmente, como no ensino e outras áreas do teatro e técnicas relacionadas com a dança”.

Da Arte Total sairam já duas bailarinas profissionais, o que é bom para as nossas interlocutoras que estão de acordo com os novos objectivos do Ministério da educação para o ensino artístico que “tem que fazer parte do ensino obrigatório”.

Admitindo que a maneira como está a ser implementado pode criar alguns problemas de qualidade, a começar pelos professores que estão a dar essas aulas.

Alicerçada num protocolo quadrianual com o Ministério da Cultura — inalcansável no início da escola —, desde 1998, estão criadas algumas condições que permitem a dinamização de espectáculos com qualidade maior.


Para Julho e Dezembro, a Arte Total está a preparar dois ateliers de artes e ciências para crianças, o primeiro sobre as comunicações e o segundo sobre a luz. Estes ateliers encerram com um espectáculo que resultad do trabalho dos formandos.
A agenda da Arte Total inclui também espectáculo em escolas e infantários de Braga e Póvoa de Lanhoso nos meses de Junho e de Julho.
Quanto ao contrato programa para os próximos quatro anos, o projecto está a ser elaborado, para ser apresentado ainda este Verão, mas o “trabalho de formação de base e de públicos mantém-se. Ainda está muito por fazer em Braga e temos de continuar a formar públicos”.



16 ANOS A CRIAR PÚBLICO PARA A DANÇA

Celebrados 16 anos em Dezembro, foi possível a Cristina Mendanha e Joana Rodrigues ficarem elas próprias surpreendidas com tudo o que consgeuiram ao longo de década e meia.

O que nos espantou foi a quantidade de coisas que nós já fizemos na ecsola, quer em aulas, quer pelos alunos e projectos que desenvolvemos” — disse Joana Domingues.

Além de dois bailarinos, nascidos na Arte Total, a academia “criou” dois professores e criamos um imenso público para a dança e para as outras artes em Braga. Os nossos espectáculos são muito frequentados. Foi uma grande recompensa”.

A celebraçãodo aniversário permitiu ver tantos alunos e verificar que “eles se lembram de nós, continuam a gostar da dança e tinham saudades da Arte Total. Valeu muito a dança ter ficado como uma marca boa na vida deles” — prossegue Cristina Mendanha.

Actualmente, a Arte Total continua de portas abertas no Mercado Cultural do Carandá, com os seus cursos de iniciação em várias modalidades, desde cursos anuais (dança, artes artísticas e teatro) e cursos de curta duração que tanto podem ser de um dia ou de uma semana, abertos a crianças e adultos, desde iniciação a especialização, mesmos na sférias lectivas ou fins-de-semana.

A Arte Total não faz pré-selecção dos alunos, a não ser que venham de outra ecsola, apenas para avaliar o nível de preparação.

A adesão dos bracarenses à oferta da Arte Total tem sido muito boa em todos os escalões e está a desfazer-se o errado mito de que a dança é só para raparigas.

“Os adultos é que pensam assim. Quando vamos para for a, isso não se nota e há tantos rapazes como raparigas. É um problema cultural que nós estamos a tentar ultrapassar com professores masculinos na nossa escola” — prossegue Cristina Mendanha.

A dança é para todos. É uma injustiça proibí-la aos rapazes. Eles podem fazer e há grandes bailarinos. Em termos físicos, têm mais massa muscular e puxam pela turma e desafiam as raparigas a serem melhores nas danças e em termos técnicos conseguem mais. São verdadeiros atletas” — explica Joana Domingues.

A escola cresceu bastante, as instalações são óptimas e perfeitas. “podíamos ter mais salas que nós ocupávamo-las mas a tendência é dar mais aulas fora, nas escolas”, assegura Joana Domingues que alude também a outra cooperação importante para a ecsola.

Estamos a falar do contrato-programa celebrado com a Câmara Municipal de Braga, mediante o qual a Arte Total oferece 65 bolsas de estudo integrais, anualmente para crianças seleccionadas por carências económicas.

No âmbito dessa cooperação, a Arte Total apoia as escolas escolhidas pela Câmara Municipal com aulas gratuitas e realiza espectáculos sempre que a autarquia necessita.

Para o crescimento da escola e da dança em Braga, não há dúvifda que a formação de professores feita na Universidade do Minho e dos educadores foi determinante na maneira como a dança é vista agora. As acções ali realizadas foram muito importantes para a dança porque os novos professores foram instrumentos e aliados nossos muito bons”.

Em contrapartida, a Arte Total reconhece que os novos professores ficaram a saber como funciona o ensino da dança e presta apoio aos professores através de estágios.

A evolução da dança

A pedagogia e a didáctica da dança evoluiram muito, em resultado da filosofia de massificação das artes, no modo como se ensina e face à nova filosofia que sustenta a educação, em que o teatro e a dança estão interligados.

Fazemos um grande esforço para isso acontecer. A arte tem de evoluir e a dança evoluiu muito” e é nessa perspectiva que Joana Domingues introduz um novo elemento na conversa: “gostávamos de ter obrigações com o Ministério da educação. Temos de esperar pela definição do Ministério em relação ao ensino artístico particular e era importante que o Governo definisse deveres e apoios”.

Esperando por esses dias, a Arte Total continua a comprometer-se com os valores e critérios da Royal Academy of Dance, através da inscrição dos seus professores e da própria escola.

Aliás, a formação dos professores da Arte Total é efectuada por aquela academia e proporciona formação contínua e avaliação dos alunos que inclui o desenho de curriculum e programa desde os 2,5 anos até ao nível profissional.
A ligação da Arte Total àquela academia possibilita à escola bracarense ter apoio e manter-se exigente na actualização, até porque os alunos são avaliados por professores externos oriundos da Royal Academy.

Para manter o sucesso e qualidade das escolas, “as notas dos nossos alunos, constam dos curricula dos professores membros da Royak Academy. Na dança, como vê, a avaliação é normal, desejada e natural. A avaliação tem sido excelente. Podemo-nos orgulhar disso” — conclui Joana Domingues.

Cristina Mendanha assinala a cooperação com inúmeras instituições: “gostamos muito disso, porque é uimportante para a escola e alunos. Propõem outros desafios e fazemos tudo por tudo para lhes dar resposta positiva”.

Joana Domingies dá exemplos de “trabalho coreográfico com pessoas que nunca dançaram o que é um desafio muito interesante para nós, porque são pessoas que têm muita vontade e estão disponíveis para fazer tudo”.

Quando não respondemos positivamente é porque o calendário não permite porque é feito para quatro anos” – conclui Joana Domingues.

No comments:

Post a Comment