Um grupo de turistas, de visita à cidade, decidiu subir o escadório do Santuário do Bom Jesus que é constituído por 583 degraus. Como o ritmo de subida era diferente, o grupo acabou por separar-se em três grupos mais pequenos.
O grupo onde ia a Marta parou depois de ter subido quatro onze avos dos degraus e o do Sérgio ao fim de cinco onze avos.
Quantos degraus tinha subido o grupo do Sérgio quando parou?
Este é um dos muitos exercícios incluídos num livro apresentado agora que une a Matemática à história, monumentalidade e gastronomia sem esquecer pessoas que marcaram a história de Braga.
Miguel Soares é o autor desta ideia feliz para ajudar os alunos do sexto ano de escolaridade a preparar os exames finais de matemática, de uma forma divertida, de modo a estimular os adolescentes a gostar mais da matemática, essa ciência abstracta cuja utilidade para a vida é tantas vezes posta em xeque.
A obra deste jovem professor de Matemática do colégio Dom Diogo de Sousa foi lançada pela editora lugar da palavra que há um ano nos surpreendeu com uma colectânea de histórias de Heróis à moda do Minho em que explora as expressões e palavras típicas do falar minhoto.
O sucesso de “Heróis à moda do Minho” – com a venda de cem mil exemplares — bem deve ser desejado para este “Braga em teste”, com seis provas modelo que consolida os conteúdos ao longo do ano escolar e revê os assuntos estudados ao longo do quinto e sexto anos.
Segundo as palavras do editor João Carlos Brito, estamos perante um magnífico trabalho que mostra a utilidade da matemática para a vida, criando referencias a monumentos de Braga para ajudar os alunos a conhecer melhor a Roma Portuguesa.
“Braga em teste” constitui uma boa fonte de onde pode jorrar motivação para trabalhar a matemática e despertar para a riqueza cultural histórica de uma cidade onde o passeio de fim-de-semana não tem que resumir-se ao centro comercial da moda.
Cada uma das provas modelo é um roteiro diferente, durante o qual os alunos são chamados a aplicar os conteúdos, conceitos e números, estando organizadas de acordo com as normas do Ministério da Educação.
Braga em Teste é uma boa oportunidade para os adolescentes perceberem que aquilo que aprenderam na sala de aula é útil e os ajuda a conhecer a história da cidade, em todas as suas vertentes, sendo até adoçado por um exercício sobre o Pudim Abade de Priscos.
Miguel Soares é filho de peixe — um antigo colaborador do Correio do Minho — e quer ensinar os alunos a nadar sem se afundarem na matemática, num ano em que se estreiam os exames nacionais no sexto ano de escolaridade.
Depois de os levar em passeios até à Fonte do Ídolo, usando os Transportes Urbanos, o autor conduz os jovens matemáticos até ao Teatro Circo para um espectáculo de viola braguesa, numa rota que incluí diversificados exercícios.
A segunda rota, perdão, prova centra-se no Bom Jesus com passeio matemático pelo Elevador único no mundo, enquanto a terceira os delicia com a avenida Central e toda a monumentalidade circundante antes de participarem num arraial de números do S. João.
As Sete Fontes inspiram a prova quatro e a cinco começa com exercícios artísticos na Sé, tem um intervalo no Arco da Porta nova e termina no Palácio do Raio , onde se apanha o autocarro para fazer uma raiz quadrada no Mosteiro de Tibães.
A última prova realiza-se na Torre de Menagem, com a altura de 30 metros, de onde se vislumbra o Jardim de Santa Bárbara, mas o exercício mais interessante está guardado para o final, nas bancadas do novo Estádio de Braga onde eles tem de saber quantos adeptos arsenalistas estavam presentes se eles ocupavam quatro quintos do estádio.
Enfim, “Braga em teste” é uma homenagem aos docentes que honram a profissão que abraçaram feita por um jovem professor de Matemática.
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