Wednesday, May 29, 2013

Na Alfacoop, em Ruílhe: fotos que querem educar



Acidentes rodoviários” é uma exposição de fotografias que merece “ser itinerante pelas nossas escolas e vou propor que isso possa acontecer” – disse Palmira Maciel, em Ruílhe, na Alfacoop-Externato Infante D. Henrique.

A vereadora da educação, que representou o presidente do Município de Braga, falava na sessão inaugural da exposição de fotografias de Flávio Freitas sobre a sinistralidade rodoviária que está patente até 10 de Maio.
José Ferreira, director da escola, destacou as potencialidades da fotografia na formação integral dos alunos e agradeceu à GNR e Bombeiros Voluntários de Braga pela colaboração na iniciativa (cf. www.eidh.eu). 

A exposição do fotógrafo do jornal Correio do Minho integra-se neste programa de sensibilização da comunidade escolar - segundo e terceiro ciclos e profissionais do ensino secundário - para a necessidade de “educação rodoviária, como uma componente essencial da educação para a cidadania”.

Na presença do tenente Silva, oficial da GNR que desafiou a Escola Cooperativa da Alfacoop a avançar para este projecto, José Ferreira agradeceu o apoio da Junta de Freguesia de Ruílhe e da Império-Bonança que tornaram possível esta acção.

Coube ao antigo director do jornal Correio do Minho apresentar Flávio Freitas, destacando a sua permanente disponibilidade para que este trabalho fosse possível, com imagens que enriqueceram as páginas do Correio do Minho nas últimas décadas.

Costa Guimarães evocou alguns momentos da história da fotografia como uma das maiores criações do génio humano que, mercê da inovação tecnológica do digital, democratizou esta arte. “Hoje, todos podemos ser fotógrafos, com o nosso telemóvel” mas nem todas as fotografias podem ser publicadas. Essa é uma das diferenças entre a foto, em termos genéricos, e a fotografia de jornal que vale mais que “mil palavras” e serve de “testemunha ocular” do acontecimento que as palavras descrevem.
 
Nessa perspectiva, o fotojornalismo rege-se pelas mesmas regras do jornalista no que se refere aos direitos das pessoas à imagem, dignidade e bom nome.

Socorrendo-se da etimologia das palavras, Costa Guimarães destacou que a palavra grega “fotós” significa luz e “grafis” quer dizer “pincel”, ou seja, fotografar é “desenhar com luz e contraste”. 

Mas há uma peça da máquina fotográfica que dá força ou, quantas vezes, destoa das palavras que a acompanham: é a “objectiva” que desmonta a subjectividade de um texto. 

Costa Guimarães deu alguns exemplos do que deve ser uma fotografia jornalística (não manipulável) e concluiu que “ninguém consegue focar uma lente com os olhos cheios de lágrimas”.

Por isso, a crueldade das imagens de Flávio Freitas é entendida como trabalho da “objectiva” de quem não toma partido porque a sua missão é “registar pedacinhos da história humana, nas suas alegrias e nos seus dramas, nas suas derrotas e nas suas vitórias, na rota da esperança e nas ribanceiras do desespero”.








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