Saturday, May 12, 2012

Um programa na rádio de Braga Antena Minho

Todas as quintas-feiras, às 19 horas, com reemissão cinco horas depois,  Debaixo d'Arcada é o nome de uma tertúlia sobre temas da actualidade minhota e bracarense.



É um  exercício plural de cidadania sobre temas que interessam aos bracarenses no qual participam os agentes mais directos da nossa democracia, os presidentes de Junta.
São eles,

António Sousa, presidente da Junta de Freguesia da Sé, eleito pela CDU

Firmino Marques, presidente de S. Vitor, eleito pela Coligação PSD/CDS

João Nogueira, presidente de Gualtar, eleito pelo PS.

Gala da Palavra no D. Diogo de Sousa



A palavra vestiu-se de poemas, engalanou-se de música (vocal e instrumental), inspirou depoimentos e coreografou danças que alimentaram um sarau cultural no repleto auditório do Colégio D. Diogo de Sousa, com a presença (falada e cantada) de Ana Bacalhau, do grupo Deolinda.

Trata-se de uma “tradição muito agradável” a mostrar que “somos aquilo que é fundamental, somos uma escola cultural” – sustentou o director da escola no início do sarau.

O Padre Cândido Azevedo e Sá não escondeu a sua alegria ao ver tantos pais, alunos, professores e convidados na sala numa noite em que o Colégio “gosta da palavra” e quis “elevar o espírito num mundo que só fala de números”.

O Director agradeceu a presença de Ana Bacalhau e de Zé Pedro Martins, compositor da banda, definindo-os como “pessoas com espírito de cultura que procura criar de forma moderna”.

Nesta iniciativa do Departamento de Língua Portuguesa, participaram alunos do ensino secundário, mas coube à professora Isabel Fidalgo abrir a noite com a recitação de poemas de Eugénio de Andrade.

Começa assim a festa do prazer das palavras “como quem morde as rosas”, tendo Ana Bacalhau escolhido a palavra “empatia” como a sua favorita, ao passo que aquela expressão que mais detesta é ”ah, isso vai ser muito complicado”, desafiando todos os jovens a fazer como ela: “arranjei uma maneira de descomplicar”.

Sobre as canções que interpreta, diz que são  feitas de histórias com personagens várias que nos rodeiam” e quanto a autores preferidos fala de Camões, Sophia de Mello Breyner, Bob Dylan, José Afonso e António Variações, colocando Fernando Pessoa no topo.

Para férias, Ana bacalhau sugeriu aos alunos que levem um livro de Miguel Torga, como “Novos Contos da Montanha”, sublinhando o “poder da palavra como agitador de consciências” porque um “músico não é um robot para debitar notas, mas oferecer um olhar crítico sobre o que vivo, o que vivemos neste momento e neste mundo”.

Depois de afirmar que “Amália tem muita pinta”, Ana Bacalhau recordou que “era muito marrona na escola” e pegar numa viola serviu para cantar “aquilo que sinto, vivo e observo”.

Num momento em que se prepara para retomar a escrita de canções – “que deixei de escrever” – os interlocutores da conversa desafiaram-na a escolher as suas palavras, as que a definem. Ana Bacalhau prefere “cantar, aprender, Fernando Pessoa, esperança, Mouraria, Patinho de Borracha, palco, português e Amália”.

Após a conversa de Ana Bacalhau, que fechou com duas canções “a capella”, a pedido dos alunos, coube aos miúdos do ensino primário testemunharem sobre a sua palavra favorita, desde amor até árvores, passando por confiança, amor, cores, etc.

Um ensemble de cordas — em estreia — serviu de “intervalo” na noite em que as palavras tiveram “todo o tempo do mundo” com a música de Rui Veloso, interpretada por alunos do 11.º ano, enquanto os do nono ano interpretaram “Velho”, de Mafalda Veiga.

A noite encerrou com uma exibição de dança que deixou encantado quem preferiu esta noite a um jogo de futebol na Liga Europa.

Braga em Teste: a diversão da matemática

Um grupo de turistas, de visita à cidade, decidiu subir o escadório do Santuário do Bom Jesus que é constituído por 583 degraus. Como o ritmo de subida era diferente, o grupo acabou por separar-se em três grupos mais pequenos.
O grupo onde ia a Marta parou depois de ter subido quatro onze avos dos degraus e o do Sérgio ao fim de cinco onze avos. Quantos degraus tinha subido o grupo do Sérgio quando parou?

 Este é um dos muitos exercícios incluídos num livro apresentado agora que une a Matemática à história, monumentalidade e gastronomia sem esquecer pessoas que marcaram a história de Braga.

 Miguel Soares é o autor desta ideia feliz para ajudar os alunos do sexto ano de escolaridade a preparar os exames finais de matemática, de uma forma divertida, de modo a estimular os adolescentes a gostar mais da matemática, essa ciência abstracta cuja utilidade para a vida é tantas vezes posta em xeque.

 A obra deste jovem professor de Matemática do colégio Dom Diogo de Sousa foi lançada pela editora lugar da palavra que há um ano nos surpreendeu com uma colectânea de histórias de Heróis à moda do Minho em que explora as expressões e palavras típicas do falar minhoto.

 O sucesso de “Heróis à moda do Minho” – com a venda de cem mil exemplares — bem deve ser desejado para este “Braga em teste”, com seis provas modelo que consolida os conteúdos ao longo do ano escolar e revê os assuntos estudados ao longo do quinto e sexto anos.

 Segundo as palavras do editor João Carlos Brito, estamos perante um magnífico trabalho que mostra a utilidade da matemática para a vida, criando referencias a monumentos de Braga para ajudar os alunos a conhecer melhor a Roma Portuguesa.

 “Braga em teste” constitui uma boa fonte de onde pode jorrar motivação para trabalhar a matemática e despertar para a riqueza cultural histórica de uma cidade onde o passeio de fim-de-semana não tem que resumir-se ao centro comercial da moda.

 Cada uma das provas modelo é um roteiro diferente, durante o qual os alunos são chamados a aplicar os conteúdos, conceitos e números, estando organizadas de acordo com as normas do Ministério da Educação.

 Braga em Teste é uma boa oportunidade para os adolescentes perceberem que aquilo que aprenderam na sala de aula é útil e os ajuda a conhecer a história da cidade, em todas as suas vertentes, sendo até adoçado por um exercício sobre o Pudim Abade de Priscos.

 Miguel Soares é filho de peixe — um antigo colaborador do Correio do Minho — e quer ensinar os alunos a nadar sem se afundarem na matemática, num ano em que se estreiam os exames nacionais no sexto ano de escolaridade.

 Depois de os levar em passeios até à Fonte do Ídolo, usando os Transportes Urbanos, o autor conduz os jovens matemáticos até ao Teatro Circo para um espectáculo de viola braguesa, numa rota que incluí diversificados exercícios.

 A segunda rota, perdão, prova centra-se no Bom Jesus com passeio matemático pelo Elevador único no mundo, enquanto a terceira os delicia com a avenida Central e toda a monumentalidade circundante antes de participarem num arraial de números do S. João.

As Sete Fontes inspiram a prova quatro e a cinco começa com exercícios artísticos na Sé, tem um intervalo no Arco da Porta nova e termina no Palácio do Raio , onde se apanha o autocarro para fazer uma raiz quadrada no Mosteiro de Tibães.

 A última prova realiza-se na Torre de Menagem, com a altura de 30 metros, de onde se vislumbra o Jardim de Santa Bárbara, mas o exercício mais interessante está guardado para o final, nas bancadas do novo Estádio de Braga onde eles tem de saber quantos adeptos arsenalistas estavam presentes se eles ocupavam quatro quintos do estádio.

 Enfim, “Braga em teste” é uma homenagem aos docentes que honram a profissão que abraçaram feita por um jovem professor de Matemática.